quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A vida das pessoas próximas provoca na nossa um certo reflexo que leva à reflexão, outras vezes nem percebemos tal efeito, mas quando ele vem, acabamos pensando quase sempre em momentos passados ou desejados.
Ultimamente me dá saudades...
Já parei pra indagar: saudades de que? Do que não há?...como pode?
Daí andei refletindo e lendo um pouco. Encontrei este poema que diz muito em poucas palavras:

Que saudades!
Como pode alguém sentir saudades do que nunca houve?
Como pode alguém sentir saudades do que nem viveu?
É como estou hoje,
Com saudades!
Morrendo de saudades dos sonhos que criei,
Chorando de saudades das horas que imaginei,
Das histórias que sonhei.
Hoje estou assim,
Querendo que o tempo vá para onde eu quero,
Para onde ele nunca esteve.
Mas a saudade é tanta que me paralisa,
É muita saudade
E nem aconteceu
E nada eu vivi.
Como se pode sentir saudades de uma época que não existiu?
De fantasias e de promessas que nunca se concretizaram?
Por que sentir saudades de um futuro inventado
quando há um presente imenso para se viver?
Mas não se manda no coração.
O coração é pretensioso e quase sempre faz o que quer,
A razão até tenta dominar,
Mas raramente consegue.
E por causa do coração a gente faz um monte de besteira
E fica esperando, esperando…
Esperando que tudo volte a ser como antigamente…
Ou pior,
Que tudo seja como criamos em nossos sonhos mais recorrentes.
(Germana Facundo)